Festa da Taça na Mata Real
Receção à AD Sanjoanense marcada para as 15h
A pausa para os compromissos das seleções já lá vai, e esta última semana foi de preparação para mais um desafio na Taça de Portugal. Amanhã, FC Paços de Ferreira e AD Sanjoanense encontram-se no Estádio Capital do Móvel para disputarem a quarta eliminatória da Prova Rainha. O jogo tem início marcado para as 15h.
A AD Sanjoanense é uma “velha conhecida” do emblema pacense. Nas décadas de 70 e 80, muitos foram os jogos entre ambos os clubes, todos eles a contar para a II Divisão Zona Norte. O primeiro foi na época de 1974/1975, na 12ª jornada da competição, e terminou com uma vitória da formação de São João da Madeira por 1-0. Em 1984/1985, realizava-se a última partida para este campeonato, de novo na casa da AD Sanjoanense, que registou um empate a uma bola.
Contudo, foi a 10 de janeiro de 1999 que pacenses e alvinegros tiveram o seu último jogo oficial. E, curiosamente, foi a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Margarido, Marco Ferreira e Tonanha assinaram os golos que deram a vitória (3-0) ao FC Paços de Ferreira.
Atualmente, a AD Sanjoanense está presente no Campeonato de Portugal, mais precisamente na Série B. Após 11 jornadas já disputadas, ocupa a terceira posição da tabela com 22 pontos, apenas atrás do Lusitânia de Lourosa FC e do FC Arouca. Foram sete vitórias, um empate, três derrotas, 17 golos marcados e 13 sofridos até ao momento.
Até chegar a esta fase da Taça de Portugal, os alvinegros fizeram três jogos. Na primeira eliminatória, afastaram o SC São João de Ver (0-3); na segunda, receberam o SC Ideal e um golo aos 90+3’ garantiu o objetivo; na terceira, houve deslocação ao terreno do Amora FC e novo triunfo por uma bola a zero.
Do plantel da AD Sanjoanense, orientado pelo técnico Sérgio Machado, os destaques vão para o avançado Élder Santana e para o médio Elisson. Os dois atletas brasileiros são os melhores marcadores da equipa, com seis e quatro golos marcados, respetivamente.
Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, Pepa lançou a partida: “A nossa responsabilidade, seja contra a Sanjoanense em casa, fora, seja contra quem for, é uma: é ganhar o jogo. Nós temos o sonho legítimo de chegar ao Jamor. Portanto, temos de olhar para isso como algo possível. Por muito difícil que seja, temos de acreditar nas coisas. Se nós pensarmos pequenino, vamos ser sempre pequeninos. Nós temos de pensar grande. Portanto, com o máximo respeito que temos de ter, porque a AD Sanjoanense tem uma equipa boa, bem organizada e agressiva, temos de olhar, acima de tudo, para nós. Temos de fazer um bom jogo, ter capacidade com bola, e ser muito fortes nas reações à perda, porque é uma equipa muito forte nas transições”.
O FC Paços de Ferreira tem tido alguns jogadores indisponíveis devido a lesões, nomeadamente na defesa, mas, apesar das dificuldades acrescidas, o técnico pacense prefere olhar para o que se tem retirado de positivo: “O ideal era não ter lesões, termos todos os jogadores sempre disponíveis. Isso não tem acontecido, então obriga-nos a crescer, a olhar para essas dificuldades e, dentro das dificuldades, aparece a resiliência – lutarmos contra essas coisas com naturalidade, sem alarmismos, receios ou desculpas. Eu ainda sou novo, mas não me lembro disto, de estarmos com quatro laterais na linha defensiva, como aconteceu nos últimos dois jogos. Mas também nunca me ouviram a lamentar, porque acredito nos homens que estão daquele lado. E esse é o nosso grande desafio: é todos perceberem, em termos individuais, o que é que temos de fazer dentro de campo. É pensar o jogo, independentemente de jogar a ala, jogar a lateral, a central. Em vez de estar a olhar para as coisas negativas, é olhar para o que de bom tiramos disso, essa competitividade e esse espírito de não estarmos preocupados em jogar aqui ou acolá. Sinto a equipa toda disponível e isso é o mais importante”.
“O foco está na Sanjoanense, está no jogo da Taça. Acima de tudo, é agarrarmo-nos com tudo a estes jogadores, que trabalham no limite. É um grupo muito competitivo. Pode, por vezes, faltar alguma decisão, critério, algum perfume em algumas situações, mas há uma coisa que eu disse aqui na primeira conferência, que é a tal história de ‘jogar à Paços’. Isso não pode ser só de boca, e isso estamos a conquistar, não pode ser de um dia para o outro. Sinto a equipa, nesse aspeto, estabilizada. Essa entrega, essa dedicação… isso nunca podemos perder. Porque tudo o resto, com mais tranquilidade, vai acontecendo. Portanto, é dar essa tranquilidade e não perder aquele andamento que é preciso e que tanto nos caracteriza. É isso que nos vai levar a bom porto”, acrescentou Pepa, que terá, amanhã, um reencontro com o clube onde se estreou a treinar uma equipa sénior.
