Receção ao SC Espinho nos oitavos da Taça
Jogo marcado para as 18h45
Esta é uma semana importante para o FC Paços de Ferreira. Depois da valiosa vitória em Braga, no jogo a contar para a 14ª jornada da Liga NOS, os Castores têm pela frente grandes decisões nas Taças de Portugal e da Liga. Amanhã, é dia de lutar pela passagem aos quartos de final da Prova Rainha, no Estádio Capital do Móvel, numa partida que vai começar às 18h45 e vai opor os pacenses ao SC Espinho.
FC Paços de Ferreira e SC Espinho já se encontraram por uma vez na Taça de Portugal. A 5 de dezembro de 1993, a formação da Capital do Móvel deslocou-se ao terreno da equipa espinhense para a quarta eliminatória da prova, mas não conseguiu carimbar o acesso à fase seguinte, tendo perdido por 2-1. Este foi um dos 29 jogos disputados pelos dois emblemas entre 1975 e 2005, com a maior parte deles a contar para a II Divisão. Em 1992/1993, também estiveram juntas na Primeira Liga.
No confronto direto, são os Castores quem levam vantagem: 12 vitórias, dez empates e sete derrotas; 36 golos marcados e 33 sofridos. A última partida realizou-se há 14 anos, a 6 de março de 2005, na Mata Real, e era para a 24ª jornada da II Liga 2004/2005. O avançado brasileiro Rincón inaugurou o marcador aos 19 minutos e o Espinho chegou ao empate aos 65’, depois de Marco Cláudio converter uma grande penalidade. Contudo, seis minutos depois, Rincón viria a bisar no encontro, garantido a vitória pacense.
O SC Espinho está presente na Série B do Campeonato de Portugal, tal como o último adversário, a AD Sanjoanense. Ao fim de 14 jornadas, ocupa a quinta posição da tabela classificativa com 25 pontos – atrás de FC Arouca, Lusitânia de Lourosa FC, AD Sanjoanense e Leça FC -, a quatro dos lugares de acesso ao play-off de promoção. Regista seis vitórias, sete empates, uma derrota, 24 golos marcados e 9 sofridos até ao momento – sendo o terceiro melhor ataque e a melhor defesa da competição.
Até chegar aos oitavos de final Taça de Portugal, o SC Espinho eliminou a AD Castro Daire (2-0) na primeira eliminatória; o CD Nacional (2-0) na segunda; a UD Vilafranquense (2-1) na terceira; e o FC Arouca (3-2, após prolongamento) na quarta.
Do plantel espinhense, orientado pelo técnico João Ferreira, destaque para o jovem avançado português Jota, que leva nove golos nesta temporada (oito para o campeonato e um para a Taça de Portugal).
Na conferência de imprensa de antevisão à partida, Pepa começou por abordar a importância da vitória no último jogo, frente ao SC Braga, e do apoio dos adeptos: “Pelo que a equipa tem feito, já merecia isto há muito tempo. A forma como foi conquistada não foi com o volume ofensivo que tínhamos tido ou pretendíamos, mas foi com uma grande imagem e organização, um grande rigor, uma grande entrega, algo que não nos tem faltado. O que nos tem faltado foi aquilo que aconteceu um bocado: um pouco de felicidade – admitido por mim e reconhecido por todos nós -, porque isso procura-se. Mas está para trás, está na gaveta, foi muito saborosa e era muito precisa para todos nós também. Agora estamos aqui para falar de outra competição e de um adversário que merece todo o respeito e merece ser falado. Mas, para encerrar o capítulo do último jogo, houve uma coisa que marcou. Quando levamos aquele aperto nos últimos dez minutos, ouvia-se os adeptos lá em cima a sentir que a equipa precisava de ajuda. Pensam eles que não entram dentro de campo, mas entram. Esse tipo de ajuda foi muito importante, e também será amanhã”.
“O sorteio tem ditado equipas do Campeonato de Portugal, mas a verdade é que um dos jogos que tivemos foi a prolongamento e o outro ficou 1-0 e tivemos dificuldades, portanto isto é sinónimo da qualidade que existe. Temos é de ser muito competentes, olharmos para nós”, afirmou o técnico pacense, que voltou a reforçar o sonho de ir à final da Taça de Portugal. “Temos de olhar para isto como algo marcante. Para mim, é algo com que sonho há muito tempo. Depende de nós. São 90 minutos, 120’, o que for preciso, mas depende de nós. E temos que pensar nisto e falar nisto sem receios. O Paços já lá esteve, numa final da Taça. Vi esse jogo, já vi essas imagens, e é algo que marca uma geração, uma vida, os nossos filhos, os nossos netos, tudo. Portanto, vamos embora atrás desse sonho”.
“Temos de estar a mil, mesmo. O melhor Paços tem de estar amanhã em campo. E vai estar”, concluiu Pepa.
