Mais três pontos em jogo

Encontro com o Sporting CP às 21h15

O regresso à competição correu da melhor forma ao FC Paços de Ferreira. Depois de três meses sem jogos, os Castores entraram com tudo, em Vila do Conde, e mostraram estar motivados e preparados para garantirem a desejada manutenção o quanto antes. Houve entrega, emoção e golos de classe, que resultaram na conquista dos três pontos. Agora, a equipa espera dar continuidade ao momento e conquistar uma nova vitória esta noite, frente ao Sporting CP.

O Sporting CP está na quarta posição da Liga NOS com 43 pontos, após 13 vitórias, quatro empates e oito derrotas. Tem 39 golos marcados, ficando atrás de SL Benfica (54), FC Porto (52) e SC Braga, FC Famalicão e Vitória SC (43); e também a quinta defesa menos batida, com 28 golos sofridos.

Nos últimos três jogos a contar para o campeonato, o Sporting CP conseguiu os três resultados possíveis: derrota frente ao FC Famalicão (3-1), vitória diante do CD Aves (2-0) e empate no terreno do Vitória SC (2-2), na última jornada. Contra os vitorianos, os leões estiveram em vantagem por duas vezes: Sporar abriu o marcador aos 18 minutos e João Carlos Teixeira estabeleceu a igualdade aos 32’. Na segunda parte, Sporar voltou a colocar o Sporting CP à frente, à passagem do minuto 52’, mas Marcus Edwards apontou o segundo para o Vitória SC aos 68’, fechando, assim, o resultado.

Ruben Amorim é o atual treinador do Sporting CP e realiza, frente ao FC Paços de Ferreira, o seu terceiro jogo no comando técnico leonino. Do seu plantel, Luiz Phellype é o melhor marcador, com nove golos marcados (seis na Liga NOS, dois na Liga Europa e um na Taça da Liga). Seguem-se Vietto, com oito (quatro na Liga NOS, dois na Liga Europa e dois na Taça da Liga), Sporar com cinco (quatro na Liga NOS e um na Liga Europa) e Coates também com cinco (três na Liga NOS e dois na Liga Europa).

Na conferência de imprensa realizada ontem, o técnico do FC Paços de Ferreira, Pepa, voltou a reforçar a ideia de que a sua equipa está focada em “olhar para cima”, independentemente do que esteja a acontecer com as outras equipas: “Nós fazemos o nosso trabalho. O nosso objetivo é trabalharmos no limite, identificarmos o que fizemos de muito bom no último jogo e o que não fizemos tão bem, analisarmos ao pormenor o adversário e percebermos aquilo que podemos fazer em Alvalade, contra uma equipa com bons valores individuais, uma equipa forte. Esse é o nosso foco, independentemente daquilo que aconteça com as outras equipas. Já foi dito, antes do jogo com o Rio Ave, que queríamos olhar para cima e não estar a olhar para baixo. E o que nós queremos é isso: olhar para cima, subir na tabela, ganhar o jogo – e sabemos o que temos de fazer. Agora, é colocar em prática aquilo que identificamos e fazer tudo por tudo para desfrutar do jogo e, acima de tudo, trazer os três pontos de Lisboa”.

Pepa não se mostra surpreendido com os resultados que se têm visto nesta retoma da Liga NOS, destacando que é preciso dar valor a todas as equipas: “Não vejo as coisas dessa forma. Não vejo, quando não corre como toda a gente espera, que haja sempre demérito dos grandes e que foi banal para quem conseguiu. Há que dar valor a todas as equipas. E nós temos a tendência de desvalorizar o que é feito pelas outras equipas. Portanto, para mim não há surpresas nenhumas. Isto não é teatro, é futebol. É uma modalidade de paixão, de emoção, onde tudo pode acontecer, desde o momento em que haja competitividade, organização, rigor. Isso é que move tantas multidões”.

O técnico pacense espera um Sporting mais à imagem de Ruben Amorim do que aquilo que se viu no jogo contra o CD Aves, o primeiro ao serviço dos leões, uma vez que a paragem acabou por permitir que o treinador leonino implementasse melhor as suas ideias e “muito bem”: “Perguntaram ao Ruben Amorim se a paragem foi benéfica. Claro que ninguém quer uma paragem com estas situações graves a nível mundial, mas vamos separar as coisas. E ele responde que foi. Então vai estar a dizer que não, porquê? Teve tempo para preparar a equipa, dentro de uma ideia de um sistema de jogo completamente diferente, e assumiu isso e muito bem. Nós temos noção e sabemos que vamos encontrar um Sporting com as ideias muito mais arrumadas do que aquele Sporting que jogou com o Aves. Sabemos como é que o Sporting se vai apresentar, e estamos ansiosos para que chegue o jogo, também porque é daqueles desafios que nos obriga a muito rigor tático. A largura do Sporting está praticamente sempre garantida. Na fase de construção, têm sempre três jogadores de frente para o jogo, com o guarda redes também por trás que é mais uma linha de passe, e com os dois médios sempre também, até para criar ali um quadrado com os alas numa linha mais à frente”.

“Sentimos que estamos preparados e acredito que vai ser um jogo rico em termos táticos, em termos de intensidade, de emoção, e vamos embora com os olhos postos nos três pontos”, finalizou o líder dos Castores.

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