Estreia da época 2020/2021 em Portimão
Arranque dos pacenses na Liga NOS é às 19h45
E estamos de volta! A temporada desportiva 2020/2021 arranca oficialmente esta noite para o FC Paços de Ferreira, que se desloca até Portimão para fechar a primeira jornada da Liga NOS. A equipa algarvia terminou a última época na 17ª posição, a apenas um ponto da permanência. Contudo, face à despromoção do Vitória FC ao Campeonato de Portugal, que foi decidida posteriormente, o Portimonense SC ocupou a vaga dos sadinos, no principal escalão do futebol português.
Este é o 15º jogo entre pacenses e algarvios e o primeiro em que se encontram na jornada inaugural do campeonato. No Algarve, as duas equipas registam seis jogos, tendo o primeiro de todos ocorrido a 9 de dezembro de 1990, a contar para a jornada 16 da Divisão de Honra 90/91. Nessa partida, os Castores venceram por 0-1, graças ao golo apontado por Nuno Vinagreiro aos 14 minutos. Já para a Primeira Liga, o primeiro duelo foi a 6 de fevereiro de 2011. À 18ª jornada da Liga 10/11, o resultado repetiu-se: 0-1 para o FC Paços de Ferreira, com Nélson Oliveira a marcar aos 87’.
Feitas as contas, é o FC Paços de Ferreira que tem vantagem no confronto direto, atendendo aos jogos realizados como visitante, em todas as competições – são três vitórias, um empate e duas derrotas, dos quais resultaram cinco golos marcados e cinco golos sofridos.
Paulo Sérgio é o treinador do Portimonense SC desde fevereiro deste ano, sucedendo a António Folha, e, apesar de não ter conseguido garantir a manutenção na última jornada, a recuperação dos algarvios vinha a ser notável (cinco vitórias e dois empates, na retoma). O técnico, que deseja manter esse ritmo, reforçou a sua equipa com nomes como Aflalo (Aves), Júlio César (Atlético Goianiense, Brasil), Maurício (Urawa Reds, Japão), Lucas (Boavista), Welinton Júnior (Aves), Fabrício (Urawa Reds, Japão) e Reko Silva (Aves).
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As declarações de Pepa, na conferência de imprensa de antevisão:
O estado da equipa na entrada para a nova época
“Sinto a equipa preparada. Foi uma pré-época um pouco atípica – para não dizer muito. Não em termos de tempo, mas em relação ao que aconteceu na retoma, depois com uma paragem de 21 dias e com muita sobrecarga do que estava para trás – além de termos alguns jogadores que não competiam desde março, desde a paragem. E é preciso ter muito cuidado nas forças, nas cargas, mas a equipa evoluiu de forma progressiva, dentro daquilo que nós esperávamos, de acordo com os conteúdos de treino. A evolução foi notória ao longo dos jogos que tivemos de preparação. A equipa está pronta, está forte, está consciente daquilo que tem de fazer, mas também não tenho problemas em admitir que ainda há margem para continuar a crescer.”
“É preciso minimizar os erros ao máximo e isso é com trabalho, com alertas. Temos de estar preparados para o que aí vem, ter concentração máxima, sendo que agora vamos encontrar uma equipa que manteve o mesmo treinador e que fez uma recuperação fantástica. O que interessa é analisar o adversário, perceber que conseguiram manter muitos jogadores da época passada e ainda foram buscar alguns jogadores que já conhecem a casa e são mais-valias. Vamos encontrar uma equipa forte em sua casa e nós queremos o mesmo de sempre, que são os três pontos”.
O plantel
“Estou muito satisfeito. Estou muito satisfeito com quem chegou e sentimos todos que têm estado a crescer no sentido que nós desejávamos e que queremos. Na forma de trabalhar, este é um clube também especial. “Queremos jogar à Paços” não pode ser de boca. Queremos jogar à Paços mesmo. E isso é com trabalho. É nossa função como treinadores, equipa médica, staff, direção – todos os que estavam cá – educar quem chega. E isso é no dia a dia, nas regras, na forma de estar, na forma de trabalhar, na forma como lidamos com os funcionários – respeito máximo desde a dona Teresa, o Tibi, até ao presidente. Queremos alimentar isso para sermos uma família forte, porque o campeonato é longo, desgastante, competitivo, e precisamos de tudo e de todos dentro do mesmo compromisso.”
Os picos de forma distintos
“Alguns jogadores tiveram alguma dificuldade, o que é natural, porque apanharam um grupo de trabalho que ficou com ritmo, com conhecimento tático, com uma capacidade física e técnica diferente – e quando digo técnica não é melhor ou pior, é técnica de acordo com o que pretendemos jogar. E é algo que se constrói, não é de um dia para o outro. Nós não vamos abdicar daquilo que acreditamos e daquilo que queremos para o Paços. E viu-se no ano passado a valorização dos jogadores, a alegria que os nossos adeptos tinham – e queremos que voltem a ter ao ver a sua equipa jogar. Mas depois isso é tudo muito bonito mas é com o pontos. E para os pontos há um caminho, e é desse caminho que não abdicamos. Temos de saber como é que perdemos e temos de saber como é que ganhamos e para isso há uma forma de jogar, modelo de jogo, identidade… Isso trabalha-se. Não há perfeição, mas nós procuramos isso desde o primeiro dia, sabendo que é preciso ter paciência para que quem chega perceba as dinâmicas da equipa.”
A ausência de público
“Acho que houve tempo suficiente paras coisas terem sido estudadas. Houve tempo mais do que suficiente para se debater isso e termos, se calhar, alguns adeptos no estádio. Os estádios são grandes, ao ar livre, dá para espalhá-los pelo estádio todo e custa-me muito aperceber como é que isso não acontece. Os adeptos fazem muita falta e são insubstituíveis.”
