Começar em casa com o pé direito

Pacenses recebem o Sporting CP às 18h30

Depois do empate em Portimão a abrir a nova temporada da Liga NOS, segue-se o primeiro jogo no Estádio Capital do Móvel. Neste regresso a casa, é o Sporting CP a visitar os Castores, naquele que será também o jogo de estreia da equipa verde e branca [recorde-se que, na primeira jornada, o duelo com o Gil Vicente FC acabou por ser adiado].

FC Paços de Ferreira e Sporting CP já se defrontaram 46 vezes, registando-se encontros em todas as competições nacionais. Para a Primeira Liga, foram 42, 21 deles na Mata Real. O primeiro foi a 29 de dezembro de 1991, na 16ª jornada do campeonato de 1991/1992, e terminou com um triunfo pacense, graças ao golo solitário de Sérgio Cruz. E, por falar em marcadores, eis o nome do atleta dos Castores que mais vezes marcou aos Leões: Mauro. E todos de uma vez. Na jornada 3 de 2002/2003, o avançado angolano fez um hat-trick na vitória do Paços por 4-0, depois de ter assistido Carlos Carneiro no primeiro golo.

Na última quinta-feira, o Sporting CP teve o seu primeiro jogo oficial, disputando a terceira pré-eliminatória da Liga Europa, frente ao Aberdeen da Escócia. A equipa não entrava em campo desde 9 de setembro, dia do último jogo de preparação (empate com o Marítimo a uma bola), e não pôde contar com Luís Maximiano, Renan Ribeiro, Gonçalo Inácio, Cristian Borja, Eduardo Quaresma, Rodrigo Fernandes, nem com os reforços Pedro Gonçalves (ex-FC Famalicão), João Palhinha (ex-SC Braga) e Nuno Santos (ex-Rio Ave FC).

No primeiro onze oficial da temporada 2020/2021, estrearam-se os reforços Adán (guarda-redes, ex-Atlético de Madrid), Feddal (defesa central, ex-Betis) e Pedro Porro (lateral direito, ex-Valladolid), ao lado de Coates, Luís Neto, Matheus Nunes, Wendel, Nuno Mendes, Tiago Tomás, Vietto e Jovane Cabral. A formação leonina acabou mesmo por garantir o acesso ao play-off da Liga Europa, graças ao golo de um dos cinco estreantes em provas europeias. No seu primeiro jogo europeu, Tiago Tomás (jovem avançado de 18 anos), marcou o seu primeiro golo pela equipa principal do Sporting CP.
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As declarações de Pepa, na conferência de imprensa de antevisão:

As ausências no Sporting CP
“Eu sobre isso só tenho a lamentar. O Paços não se pode aproveitar de nada, tem é de pensar naquilo que tem de fazer, que é fazermos um grande jogo e estarmos preparados para um Sporting muito forte, com uma dinâmica que já conhecemos desde a entrada do Rúben. Portanto, são situações que só tenho a lamentar, mas que fazem parte da sociedade atual. Não vejo isso como uma oportunidade. Oportunidade, sim, é termos mais um dia, mais um jogo para desfrutarmos e sermos iguais a nós próprios – ou seja, um Paços muito forte, igual àquilo que temos sido, uma equipa que gosta de ter bola, que quer ter bola, que é agressiva no bom sentido, que não altera nada por causa do adversário. Para nós é mais um jogo, e é mais um jogo que queremos ganhar. Estamos preparados.”

Ilações do último jogo
“Nós sentimos que temos margem para crescer. Sentimos que entramos num jogo que não era muito o nosso, mas a verdade é que mesmo entrando num jogo mais físico a equipa bateu-se muito bem. A equipa mostrou aquilo que nós queremos, que é uma equipa agressiva, concentrada; uma equipa que se agarra ao jogo com tudo, como se não houvesse amanhã, e essa é a imagem que nós queremos, a imagem à Paços. Tudo aquilo que não conseguimos fazer sabemos por que é que não conseguimos. Queremos dar continuidade ao processo e isso é com jogo, porque temos noção de que conseguimos ligar os sectores de outra forma, a nossa fase de construção consegue ser mais forte e podemos ser mais competentes nesse momento do jogo. Agora, é não ter receio de colocar isso em prática já amanhã.”

Comparações com o Sporting do ano passado
“Estar a falar do Sporting do ano passado é difícil. Falávamos também de um dos melhores jogadores, que era o Bruno Fernandes. Mas não há o Bruno, há outros. Isto é como no Paços: não há o Manuel ou o Joaquim, mas há outros. O que eu sei é que nos dois jogos com o Sporting nós merecíamos outro tipo de resultado, mas o merecer, no futebol, vale o que vale – o que conta são os golos. Nós temos aqui uma forma de estar, de trabalhar e de pensar: as vitórias estão mais próximas de acontecer com aquele tipo de jogo, de atitude. E amanhã é isso que nós queremos.”

Sobre os reforços e a adaptação
Temos uma identidade muito própria, e quem chega está a adaptar-se bem. É com tempo, é dar tempo ao tempo, entrosá-los muito bem e, com naturalidade – porque o campeonato é muito longo –, vão ajudar muito a equipa, porque têm qualidade para o fazer.

Mudanças em relação ao ano passado
“Difere, difere sempre. Estamos a falar de uma equipa que tem as mesmas ideias, o treinador é o mesmo, e essas ideias são bem vincadas. Procuram muito o jogo interior, têm uma fase de construção muito segura com os três centrais que, normalmente, começam muito baixos e abertos para criarem alguma dificuldade em marcar essa bola, têm sempre a largura garantida pelos laterais… É algo que nós identificamos não só do passado como do presente. É uma identidade, é algo que é trabalhado desde que o Ruben chegou ao Sporting e já estava a ser feito também no Braga. E depois são aqueles homens que estão por dentro, tanto o ponta como os dois alas, sempre à espera de uma oportunidade de movimento de rutura. Sem bola, são os alas que ficam muito subidos para uma transição também muito rápida e forte; e os dois homens do meio sempre com muita dinâmica e muito posicionais, um mais baixo e outro mais subido no corredor central. Nós sabemos o que vamos encontrar em termos teóricos, agora é termos a capacidade de fazer um grande jogo. São tempos diferentes, equipas diferentes. Os treinadores são os mesmos, alguns jogadores são os mesmos, mas não quer dizer que a história se repita. E nós não queremos que a história se repita. Queremos ganhar. Portanto, acredito que vai ser um bom jogo em termos de intensidade, em termos de qualidade de um lado e do outro, e em termos táticos também prevejo um jogo muito interessante.”