Regressar às vitórias

Receção ao FC Porto às 20h30

Foi com um empate a uma bola que o FC Paços de Ferreira saiu da Madeira, no último fim de semana. Este foi mais um jogo em que a equipa da Capital do Móvel obrigou o guarda-redes adversário a ser o melhor em campo e mostrou a sua qualidade dentro das quatro linhas, deixando no ar a confiança de que os pontos conquistados a cada partida vão acabar por fazer jus ao esforço deixado nos 90 minutos. E é com o foco no regresso às vitórias que os Castores entram em campo esta sexta-feira, diante do FC Porto.

Três vitórias, um empate e uma derrota traçam o caminho dos azuis e brancos nesta Liga NOS, estando atualmente no terceiro lugar da tabela, logo atrás de SL Benfica e Sporting CP, e com o segundo melhor ataque da prova (13 golos em cinco jogos). Depois de duas vitórias a abrir o campeonato (3-1 com o SC Braga e 0-5 com o Boavista FC), o FC Porto esteve três jogos sem vencer (derrota com o CS Marítimo, empate com o Sporting CP e derrota com o Manchester City, na Liga dos Campeões). O regresso aos triunfos deu-se na última jornada, na receção ao Gil Vicente FC, graças a um golo de Evanilson aos 41 minutos.

Na última terça-feira, os Dragões tiveram o seu último jogo, antes da deslocação à Mata Real. No segundo encontro da Fase de Grupos da Liga dos Campeões, o FC Porto recebeu o venceu o Olympiacos por duas bolas a zero, com golos de Fábio Vieira e Sérgio Oliveira aos 11 e 85 minutos, respetivamente. O técnico Sérgio Conceição, que tem feito algumas mexidas nos “onze” ao longo dos jogos, alinhou com Marchesín, Manafá, Pepe, Mbemba, Zaidu Sanusi, Otávio, Fábio Vieira, Matheus Uribe, Sérgio Oliveira, Jesús Corona e Marega.

A liderar a lista de melhores marcadores do FC Porto nesta temporada está Sérgio Oliveira, com três, seguido de Alex Telles, Jesús Corona, Marega e Luis Díaz com dois cada.

Este será o 47º jogo oficial entre FC Paços de Ferreira e FC Porto, que já estiveram frente a frente em todas as competições nacionais – nomeadamente, na final da Taça de Portugal de 2009 e na Supertaça Cândido de Oliveira desse mesmo ano. A contar para a Primeira Liga, realizaram-se 42 jogos, 21 deles no Estádio Capital Móvel. Nas últimas quatro receções aos azuis e brancos, os Castores venceram duas delas por 1-0 e empataram outra (0-0), registando-se apenas uma derrota por 0-1, na partida da última temporada.
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As declarações de Pepa na conferência de imprensa de antevisão:

Sobre comandar a equipa à distância
“Foi muito difícil, mas não foi pelo facto de comandar à distância, pois há muita confiança no grupo de trabalho. É uma equipa técnica fantástica – fizeram um trabalho muito bom mesmo – e os jogadores foram também inexcedíveis no trabalho e no profissionalismo – também só tinham de ser. Conseguimos manter uma alma tremenda e uma grande organização, e fizemos uma primeira parte, no Nacional, a roçar a perfeição. Tanto num jogo como no outro, houve muito volume ofensivo. O critério no último terço é algo que temos de melhorar, mas o importante também é criar e ter este volume. Fiquei satisfeito com a prestação de tudo e de todos; agora, para mim, em termos individuais, foi muito difícil, porque tenho muita paixão por aquilo que faço e custou-me muito estar de fora. Mas é o que é. Já está tudo bem e é o que interessa.”

Sobre as regras mais restritivas no concelho, devido à pandemia
“Em termos de trabalho e de logística não afetou. Agora mexe sempre, porque estamos aqui numa zona que está muito afetada. Sentimos na cidade: menos pessoas, menos movimento; sentimos a dor que muitas pessoas estão a passar. Mas temos de ser positivos, ajudarmos o próximo. Temos de ser corajosos, responsáveis, e temos de ter paciência também, porque vamos conseguir ultrapassar isto.”

Sobre o jogo
“Espero, acima de tudo, um jogo muito difícil, contra uma equipa muito forte e muito bem orientada. O Sérgio tem feito um trabalho extraordinário no Porto. Agora, sobre as alterações no onze, isso é normal, é a gestão que ele tem de fazer. Mais importante do que algumas alterações que o Porto possa fazer é aquilo que nós temos de fazer. Há comportamentos de já alguns anos inerentes ao seu treinador, àquilo que ele quer e pretende na equipa. Sabemos o que vamos encontrar, independentemente das peças, e sabemos também que há ali três ou quatro jogadores, que são a espinha dorsal da equipa, que poderão ou não jogar. Mas, não jogando esses, estão outros que são igualmente muito competentes. Por exemplo, sabemos que o Pepe é um líder por natureza com uma carreira incrível e com um nível de rendimento ainda a roçar a excelência; temos um Sérgio Oliveira que nos quatro momentos do jogo e nas bolas paradas acrescenta muito a qualquer equipa; temos o Otávio que desequilibra tanto por dentro como por fora; o Marega que na procura da profundidade é exímio e tem características e movimentos muito peculiares… Portanto, nós sabemos bem, em termos individuais, o que vamos encontrar. Em termos coletivos, poderá haver alguma alteração, mas é uma equipa muito forte e estamos preparados para isso.”

Sobre a forma como o FC Porto se pode apresentar
“Nós estamos preparados para um Porto com uma linha de três, com uma linha de quatro. Estamos preparados para um Porto com dois pontas de lança, com um, com três avançados, com um médio nas costas do ponta, com o Marega por dentro ou por fora… Sempre sabendo onde é que nós temos de melhorar. Temos muito volume ofensivo e temos de ter muito cuidado nessa fase de construção, pois o Porto ganha muitas bolas no meio campo adversário. São bem pressionantes, sabem quando pressionar, identificam bem as referências de pressão e temos de estar muito atentos e ter muita segurança. É sermos iguais a nós próprios, desfrutarmos do jogo com responsabilidade, sabendo onde vamos ter espaços para agredir o Porto, e ter mais critério no último terço, que é onde se fazem os golos e são os golos que dão as vitórias.”

“Há que manter o equilíbrio emocional, porque isso vai-nos dar equilíbrio tático e tranquilidade nas decisões. E isso não é fácil, mas temos de conseguir ser equilibrados nos bons e nos maus momentos.”

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