Mais uma vitória para a história
Castores batem campeão (3-2) com classe e mérito
Era só isto que estava a faltar ao promissor arranque de temporada do Paços: juntar os três pontos às belas exibições que a equipa tem desenvolvido em campo. E que grande vitória (3-2) conseguiram os Castores sobre o atual campeão nacional.
O FC Porto trouxe a Paços o natural favoritismo da sua história e ambição para a Liga, mas encontrou pela frente um Paços enorme em qualidade e vontade de vencer o jogo. E não teve discussão a superioridade pacense nesta partida, merecendo plenamente a felicidade da vitória final.
A primeira alegria pacense surgiu logo aos 11’, com Dor Jan a beneficiar de um lance ofensivo de Luther Singh para receber uma bola na área e, à segunda tentativa, bateu Marchesin. A equipa portista reagiu no minuto seguinte, com Jordi a fazer a mancha aos pés de um jogador portista que surgiu isolado e, na sequência do pontapé de canto, houve um cabeceamento perigoso à baliza pacense. Foi o único período do encontro em que o FC Porto poderia ter igualado, culminado com um livre de Sérgio Oliveira que bateu na parte exterior do poste (23’). O Paços começou então a libertar-se e a colocar a sua qualidade coletiva em campo. Luther Singh conseguiu isolar-se em lance individual (33’), que foi cortado na hora H, antes do remate final. Adivinhava-se e o Paços chegou mesmo ao 2-0 pelo avançado sul-africano golo que, incrivelmente, foi anulado pelo árbitro, após indicação do VAR. Como é possível assinalar-se falta naquele lance?! Mesmo assim, a enorme alma da equipa tratou de responder em campo e fez mesmo o 2-0, em jogada de Hélder Ferreira culminada com uma fantástica assistência para a conclusão eficaz de Eustaquio. Essa diferença de dois golos (que deveriam ser três…) seria encurtada em cima do intervalo. Mais uma decisão incompreensível a grande penalidade marcada contra o Paços, quando a bola desliza involuntariamente para o braço de Eustaquio que estava apoiado no chão. Sérgio Oliveira converteu o penalti e deixou o resultado novamente em aberto para a segunda parte.
As injustiças do primeiro tempo trouxeram uns Castores ainda mais motivados para a parte complementar, dispostos a provarem que esta noite a vitória nunca lhes fugiria. Antes de provar isso com o 3-1, o Paços teve o golo nos pés de Marco Baixinho, prenúncio da nova alegria pacense. O atraso, com o braço, de Marega para o seu guarda-redes na área ditou um inevitável penalti a favor do Paços, que Bruno Costa não desperdiçou. O Paços estava bem por cima da partida e Eustaquio (63’) teve um grande remate à trave, que quase elevava o resultado para números mais esclarecedores. O caudal ofensivo pacense não dava tréguas e Marchesín teve que se aplicar para desviar um remate de Bruno Costa que levava o rumo das redes.
O FC Porto acabou por entrar, de novo, na discussão do resultado após Otávio reduzir para 3-2 em potente remate de fora da área. Pairou então a dúvida sobre a forma como a equipa pacense seria capaz de segurar a vitória e a resposta foi excelente. O Paços manteve a mesma união e qualidade de jogo, não se intimidou, e esteve sempre mais próximo de ampliar o marcador do que sofrer a igualdade. A partida terminou com a justíssima vitória do Paços, que conseguiu juntar a utilidade dos três pontos à grande qualidade que tem demonstrado em campo.
Com este triunfo os Castores chegam aos oito pontos na Liga, sendo que no próximo sábado se deslocam ao Moreirense para a 7ª jornada da competição.
Estádio Capital do Móvel
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve), auxiliado por Rui Teixeira e Carlos Campos
Disciplina: Cartão amarelo; João Pedro (83’); Sérgio Oliveira (84’). Cartão Vermelho; Pepa e Samuel Correia (treinadores FC Paços de Ferreira) e Sérgio Conceição (treinador FC Porto)
FC PAÇOS DE FERREIRA: Jordi; Fernando, Marcelo, Marco Baixinho e Oleg; Eustaquio, Luiz Carlos (Luiz Carlos, 75’) e Bruno Costa; Hélder Ferreira (João Amaral, 75’), Dor Jan (João Pedro, 83’) e Luther Singh (Uilton, 87’).
Não utilizados: Michael Fracaro; Martín, Adriano, Lucas Silva e Maracás.
Treinador: Pepa
FC PORTO: Marchesín; Corona, Diogo Leite, Mbemba e Manafá; Sérgio Oliveira (Fábio Vieira, 87’), Marko Grujic (Nakajima, 45’) e Matheus Uribe (Luiz Dias, 45’); Otávio, Evanilson (Felipe Anderson, 71’) e Marega (Medhi Taremi, 66’).
Não utilizados: Diogo Costa; Romário Baró, Nanu e Malang Sarr.
Treinador: Sérgio Conceição
Ao intervalo: 2-1
Resultado Final: 3-2
Marcadores: 1-0 Dor Jan (11’); 2-0 Eustaquio (43’); 2-1 Sérgio Oliveira (45’+6 gp); 3-1 Bruno Costa (59’ gp); 3-2 Otávio (78’).
